Coluna deste sábado (06) com Arthur Cunha: O plano é Miguel

 Coluna deste sábado (06) com Arthur Cunha: O plano é Miguel

Por Arthur Cunha

Nos bastidores da oposição começa a correr a notícia de que o nome do grupo do senador Fernando Bezerra Coelho para 2022 é o do prefeito Miguel Coelho, de Petrolina. Claro que ainda é precoce para se cravar qualquer decisão, até para 2020, imagina para daqui a quase quatro anos. Mas algumas variáveis devem ser levadas em conta; os sinais estão no ar.

As fontes consultadas sobre o plano disseram que FBC estaria feliz e confortável com a vida em Brasília, fato que estaria fazendo o emedebista repensar os próximos passos a ponto de cogitar a opção pelo filho. Líder do Governo Bolsonaro no Senado, Bezerra Coelho, de fato,  é muito articulado na capital federal. Conhece os caminhos, abre portas e tem acesso a recursos federais, que, por sinal, têm ajudado a gestão de Miguel a bombar em Petrolina.

Outros pontos também estariam pesando para consolidar esse. Um é a Lava Jato, que pode enterrar as pretensões de FBC. O outro é a questão geracional. Se a tendência for por candidatos novos, com o frescor da novidade, a disputa poderia complicar para Fernando, que está aí desde os anos 80.

A eleição de governador passará pela de prefeito. Antes de qualquer coisa, Miguel precisa se reeleger bem em 2020, assegurando, inclusive, a vice para algum aliado seu. Apesar de muito bem avaliado – a informação é que o governo tem mais de 70% de bom e ótimo -, o gestor não pode baixar a guarda, já que, pela primeira vez, teremos segundo turno em Petrolina. E candidato com olho na cadeira dele não falta.

Dupla… – Falando em prováveis adversários do prefeito Miguel Coelho (Petrolina) no ano que vem, dois deles, por sinal, almoçaram ontem: o ex-prefeito Julio Lossio e o deputado estadual Lucas Ramos. Todos dois são declaradamente pré-candidatos e topam ir para a luta. A boa relação vem de longe e nada impede que a dupla de junte de olho em 2020. A política em Petrolina ferve.

… afinada – Ainda sobre o tema afinação, o movimento do senador Fernando Bezerra Coelho de fazer as pazes com o também senador Jarbas Vasconcelos tem como pano de fundo 2022, claramente. Dizem que os dois, inclusive, se encontram regularmente em Brasília para almoços e troca de impressões. Não se enganem; ambos são profissionais da política. Qualquer eventual mágoa pode ficar de lado se eles vislumbrarem um futuro.

Bronca em casa – Caso opte mesmo por lançar Miguel a governador em 2022, o senador Fernando Bezerra Coelho pode arrumar um problema em casa. O prefeito de Petrolina estaria “passando na frente” do irmão mais velho, o deputado federal Fernando Filho. Por mais que para fora tudo esteja aparentemente bem, a situação deve ser, no mínimo, melindrosa.

Dilmou – Só para variar, Jair Bolsonaro “dilmou” mais duas vezes. A exemplo da ex-presidente no caso de Guido Mantega demissionário da Fazenda, o atual anunciou, em café da manhã com jornalistas, que, no futuro, vai demitir um ministro – o futuro, nesse caso, é na segunda. Como Mantega, Ricardo Veléz (Educação) virou um morto-vivo. Está de fato, mas não de direito. A segunda “dilmada” foi em um discurso. O presidente foi para frente, para trás, e mais parecia Dilma não dizendo coisa com coisa.

Curtas

DESPENCANDO – É, entre outras coisas, por causa dessas “dilmadas” que a popularidade de Bolsonaro vem despencando. Pesquisa da XP Investimentos mostrou que a aprovação do presidente caiu para 35% – estava 40% em fevereiro e 37%, em março. Já a reprovação do mandatário subiu de 17% para 24%, e bateu 26% agora.

PESQUISA – O Instituto Naipes vai iniciar uma série de pesquisas de opinião nos municípios pernambucanos. A primeira cidade será Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. O levantamento vai apontar os cenários político e eleitoral com relação ao próximo pleito. O resultado será publicado com exclusividade nesta coluna. Aguardem!

14º – Os agentes comunitários de Saúde e Endemias de Surubim receberam, pela primeira vez, o Incentivo Financeiro Adicional, conhecido como o 14º salário da categoria. O benefício, assegurado pelo Ministério da Saúde, foi viabilizado por um Projeto de Lei que a prefeita Ana Célia Farias aprovou na Câmara em fevereiro deste ano.

Perguntar não ofende: o que a oposição acha da tese Miguel Coelho?

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